domingo, 7 de abril de 2013

TARDE AGRADÁVEL EM TOMAR

   Na Praça de toiros  “José Salvador”, da Cidade do Nabão, Tomar, realizou-se na  bonita e soleada tarde de ontem dia 6, o anunciado Festival Taurino, a favor da C.I.R.E. Rui Salvador e o seu fiel e histórico apoderado José Carlos Amorim, puseram de pé, um espectáculo benificente, que resultou bem agradável. O público assistente, cerca de meia casa, divertiu-se, e contribuiu para uma nobre causa. Toureiros , ganaderos e demais intervenientes, deram o seu desinteressado contributo, como é apanágio de ALMAS NOBRES, que felizmente ainda existem neste conturbado Mundo!
   
   Rui Salvador, abriu a função com um novilho da Casa Prudêncio, incómodo e andarilho. Teve pela frente um grande lidador, que desenvolveu uma lide em crescendo, executando um toureio frontal, com airosos remates ao estribo. Pegado de caras por Tiago Gaidão, forcado da Tertúlia Tauromáquica do  Montijo.

RUI  SALVADOR
TIAGO GAIDÃO, DOS FORCADOS AMADORES DA TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DO MONTIJO

   António Maria Brito Paes, pacientemente lidou o 2º da tarde, de José Luís Vasconcellos Souza de Andrade. Inicialmente sem qualquer investida, agarrado ao solo e sem mobilidade, Brito Paes foi compondo uma agradável lide, com ferragem de impacto e recortes de fino quilate. A pega foi executada por João Paulo, dos Amadores Tomarenses.
ANTÓNIO MARIA BRITO PAES
  Francisco Zenkl, desenvolveu uma lide alegre ao exemplar que ostentava o ferro de Rio Frio. Desembaraçado, bregando com eficiência para colocar o antagonista em sorte, colocou boa ferragem, tanto a quarteio, como em sortes à tira, numa boa comunicação com as bancadas, recordando muitas das vezes o seu saudoso pai, o BOM Gustavo Zenkl.


   FRANCISCO ZENKL
    Bernardo Salvador a quem coube lidar o exemplar da casa familiar, e que se apresentava pela primeira vez em público, não foi bafejado pela sorte. Quantas ilusões pusera neste seu debute, na terra de seu avô paterno José Salvador. O novilho escasso de forças, não permitiu a Bernardo terminar a lide, deixando contudo bons apontamentos, principalmente nos dois curtos colocados. Nuno Nery, o Director de corrida, mandou acertadamente recolher o novilho, decisão acatada seramente pelo jovem, sem indícios de contrariedade. O público tributou-lhe uma enorme ovação, que modestamente agradeceu nos médios.

BERNARDO SALVADOR
    Diogo Peseiro, fruto dessa grande obra que é a Academia de Toureio do Campo Pequeno, que em boa hora foi criada pelo matador retirado Rui Bento, e que tem por mestres José Luís Gonçalves e Américo dos Santos. O Jovem de Almeirim, lidou um bravo e nobre novilho de Carlos Falé Filipe. Recebeu-o com uma larga afarolada de joelhos, prosseguiu com ritmadas verónicas, rematadas com meia. Bandarilhou, colocando dois pares a quarteio e um violino. A faena de muleta, foi iniciada nos médios, com um passe cambiado, provando o bravo novilho pelo lado direito, decidiu-se e bem, por compor a faena pelo lado esquerdo, ligando boas séries de naturais, com o hastado a seguir os voos (de avião) da templada muleta, com nobreza. Faena agradável de Diogo Peseiro, com detalhes artísitcos, nos remates.

DIOGO PESEIRO NUMA LARGA AFAROLADA

UM PAR DE BANDARILHAS DE PESEIRO
DIOGO  PESEIRO

DIOGO PESEIRO CORRENDO A MÃO, COM O NOVILHO A FAZER O "AVIÃO"
    Sérgio dos Santos “Parrita”, a quem coube um exemplar de José Palha, inferiorizado de saída, recolheu, saindo o sobrero, de ferro José Salvador. “Parrita”, recebeu com uns capotazos, sem se poder confiar. Bandarilhou-o com eficienência, e com a flanela rubra, despachou-o, dadas as escassas condições de lide, num toiro que não humilhava, e procurava colher o diestro.
SÉRGIO  DOS  SANTOS "PARRITA"

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