EDUARDO GALLO

 ESTEVE A PONTO DE CANTAR EM MADRID!

EDUARDO  GALLO

   

   Após a inglória deslocação a Salvaterra, um passeio de ida e volta, em que destaco a boa “bica” tomada na Padaria Salvaterrense, lugar obrigatório quando me desloco àquela simpática Vila Ribatejana. De regresso ao aconchego do lar, bem mais confortável no meu cadeirão preferido, presenciei a corrida via TV. Mais sorte tive do que quantos hoje, Domingo de Ramos, se encontravam na Monumental de Las Ventas, em Madrid, onde o sol se mesclou com o vento, o frio e  a chuva, numa corrida com matizes interessantes, protagonizados pelos três diestros actuantes. Dos toiros anunciados de Torrestrella, somente foram lidados quatro, remendados com dois exemplares de Torrealta. Diego Urdiales no primeiro do seu lote, um bonito “Jabonero” da ganaderia titular, pouco colaborante com o matador riojano, esteve valente. O diestro de Salamanca, Eduardo Gallo que ministrou uma bela faena, ao bravo e nobre “Torretrella”, esteve a ponto de cortar a orelha, não fora o mal uso da espada. O público aplaudio-o no final. O Sevilhano António Nazaré, com a flanela rubra, correu a mão em belas séries de naturais, a um antagonista, feio de tipo, mas que acabou por servir. Teve petição de orelha, que não foi concedida, dando volta no final. O 4º de Torrealta, um comboio com 647 quilos de peso, derrubou violentamente o picador, logo no puyazo inicial. Urdiales aproveitou a mobilidade do toiro e instrumentou-lhe uma faena valente, quase toda pelo lado direito. Pesado na hora de matar, foi silenciado. Eduardo Gallo no quinto da ordem, toureou-o com solvência de capa, para na muleta estar esforçado, com um inimigo nobre, mas de pouca transmissão, acabando-o de certeira estocada. António Nazaré, que teve um antagonista que em nada colaborou, esteve discreto.