A CORRIDA DO MELÃO
EM SALVATERRA DE MAGOS
RICARDO ALVES E DOMINGOS PRATES |
Tal como o melão, que deu o nome à corrida, só depois de aberto, se sabe se são bons ou não, o mesmo aconteceu com os toiros, pois os lidados na corrida realizada em Salvaterra de Magos, no passado dia 11, serviram e bem, com maior ou menor bravura, tiveram destacada apresentação. A corrida teve início com a alternativa de dois jovens bandarilheiros, na lide de um exemplar do Engº José Samuel Lupi, que foi bregado e bandarilhado pelos novéis profissionais Ricardo Alves e Domingos Prates, apadrinhados pelos consagrados bandarilheiros Pedro Gonçalves e Manuel Santos “Becas”.
ANA BATISTA
Ana Batista recebeu o primeiro com uma brega cadenciada, levando-o embebido nas sedas da montada a curta distância, cravou com destreza os compridos da ordem. Emotivos surtiram os curtos, dando vantagem ao toiro, provocou-lhe a investida e colocou três enormes ferros em sortes frontais. No segundo do seu lote, esteve esforçada perante um antagonista que esperava, obrigando-a a pisar terrenos de compromisso. Foram duas agradáveis actuações, que a cavaleira de Salvaterra saboreou nas voltas à arena.
TIAGO CARREIRAS
Tiago Carreiras lidou com alegria os dois oponentes que lhe tocaram em sorte, em duas lides movimentadas. A primeira, frente a um excelente e bravo exemplar, que se arrancava de todos os terrenos, culminada com dois monumentais ferros ao piton contrário, de fazer parar corações. Na lide do seu segundo, voltou a estar decidido, abusando um tanto ou quanto da velocidade.
JOÃO SALGUEIRO DA COSTA
João Salgueiro da Costa, esteve esforçado na lide do seu primeiro, quer nos compridos cravados de alto a baixo, quer nos valorosos curtos, não redondeando numa grande actuação, embora com detalhes interessantes, tais como os recortes, pelo que no final se negou a dar a volta à arena. Viria com a lide do sexto, a obter um enorme triunfo, ao citar de praça a praça, encurtando distâncias e reunindo-se nos médios com quatro imponentes ferros. Foi distinguido com o troféu destinado à Melhor Lide.
DANIEL BATALHA
JOÃO PAULO
PEDRO MARIA GOMES
RUBEN PRATAS
Quanto às pegas, pelo Grupo de Lisboa pegaram de caras João Luz e Daniel Batalha, com duas vistosas pegas e o cabo Pedro Maria Gomes, com estoicismo e determinação, e após várias tentativas saindo mal tratado, logrou fechar-se em terrenos sesgados. Pelo Grupo de Salvaterra, Nelson Soares o cabo, pegou com dificuldade à terceira tentativa, e os forcados João Paulo e Ruben Pratas, autores de duas rijíssimas pegas de caras, sendo este último premiado com o troféu destinado à Melhor Pega.
Um bom curro de toiros enviado pelo ganadero Goleganense, Manuel Veiga, que a par de todos os intervenientes, proporcionou um belo espectáculo.
O antigo forcado Azambujense Lourenço Lúzio, teve uma direcção muito acertada, aliás como é seu timbre.
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