sábado, 7 de junho de 2014

CORRIDA DE QUINTA -FEIRA 5 DE JUNHO NO CAMPO PEQUENO. UM FINAL FELIZ

     UM FINAL FELIZ




    


   Foi uma corrida diferente, acidentada, a realizada no Campo Pequeno na passada Quinta-Feira, com os condimentos necessários para uma noite memorável, que infelizmente o não foi na totalidade. O público compareceu e esgotou a praça, pelo menu confeccionado e apresentado pela Empresa. Já iniciadas as lides, na arena se lesionarem dois toiros, mesmo assim, a boa vontade da Empresa, que num gesto magnânime, ofereceu o sobrero, para que o público que esgotou a Monumental Praça, se não sentisse defraudado, e creio que no final, o não sentiu.
   Bonitos, bem apresentados mas justos de forças, saíram os toiros da ganaderia Eborense dos Herdeiros de António Charrua, que saíram à liça, para ser lidados por Rui Fernandes, Diego Ventura e o jovem Jacobo Botero, num cartaz Luso-Hispano-Colombiano, completado pelos briosos Grupos de Forcados Amadores de Alcochete e do Aposento da Chamusca.
   Vindo da longínqua Arménia (Colômbia) onde nascera, Jacobo Botero concretizava o seu sonho de menino, o de receber na Catedral Mundial do Toureio Equestre, a sonhada alternativa, testemunhada  pelo “Furacão” Diego Ventura e apadrinhada por seu Mestre de sempre, o consagrado Rui Fernandes.
   Jacobo recebeu o primeiro da ordem, sozinho na arena, e em frente à porta dos sustos, cravando-lhe o primeiro comprido. Com desembaraço, foi construindo uma lide agradável, muito aplaudida pelo público, dando a volta envolto na bandeira da sua Pátria Mãe. Voltou a entusiasmar após a lide do sexto, saído à arena, bregando e cravando excelente ferragem, numa lide de um toureiro que se vai perfilando para vir a ser uma figura importante, e de ser na história do secular tauródromo o primeiro colombiano a doutorar-se. Não posso deixar de referir, porque fiquei sensabilizado, pelo facto de Jacobo, ostentar no seu luxuoso camion de cavalos, as bandeiras da sua Pátria Mãe e da Lusíada, sua Pátria de acolhimento.
   Rui Fernandes esteve em bom plano durante a lide do segundo da ordem, para naquele que seria o quarto, se ver contrariado pela escassez de forças do oponente, que recolheu, por ordem do director de corrida, após a colocação do terceiro ferro.
   Diego Ventura foi muito saudado pelo público, que o recebeu carinhosamente, para lidar o 3º,apresentando uma quadra de cavalos excelente. Após a colocação do primeiro curto, o toiro começou a cair, e foi devolvido. Naquele que seria o quinto, extraordinária actuação, variada, de referir a meticulosa brega levando o oponente embebido nas sedas dos seus corcéis, para de seguida colocar ferragem muito ajustada. Ventura a par de Pablo Hermoso reparte o ceptro do rejoneio Mundial. Dois estilos antagónicos, do toureio repousado de Pablo, ao irreverente e empolgante de Ventura,  ambos criam a paixão dos públicos. Dois Monstros do Toureio!
   O sétima toiro saído à arena, o sobrero, foi toureado pela dupla Rui Fernandes / Diego Ventura, que se dispuseram a lidá-lo, e confesso que sempre fui avesso a lides a duo, excepção feita aos irmãos João e António Ribeiro Telles. Fiquei rendido, que grande actuação! A corrida não poderia ter terminado da melhor forma, com ginetes de estilos diferentes, a protagonizarem uma lide empolgante, ligada, em perfeita sintonia.
   As pegas, foram cinco, executadas por Alcochete, por Vasco Pinto e pelos irmãos Quintela, Joaquim e Fernando. Enquanto que pelo Aposento da Chamusca, um monumento a executada por Francisco Souto Barreiros, membro de uma Dinastia de grandes forcados, que toureou habilidosamente o toiro, até ao momento da reunião e Francisco Montoya. 

RUI FERNANDES CONCEDE A ALTERNATIVA AO SEU PUPILO JACOBO BOTERO
NA PRESENÇA DE DIEGO VENTURA

RUI  FERNANDES






DIEGO  VENTURA






JACOBO  BOTERO






VASCO  PINTO

FRANCISCO SOUTO  BARREIROS

JOAQUIM  QUINTELA

FRANCISCO  MONTOYA


  FERNANDO QUINTELA COM ABNEGADA AJUDA DE JOÃO REI


  Hoje alargo-me no número de fotos editadas, fruto da minha produção. Após aturada selecção, não resisti em publicar estas, reservando outras tantas, como sempre faço, para inserir no meu livro.
   Enquanto uns gostam de publicar fotografias de (celebridades), o que nada tenho a opor, para mim, dentro do contexto, as celebridades são aquelas que jogam a vida na arena, e que compõem o grande espectáculo que o é, uma Corrida de Toiros.


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