REVISTA OS TOIROS

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O EPILOGO TAURINO DA

FEIRA DA MOITA

Foi uma corrida tourista, aquela que pôs fim à edição 2013 da Feira Taurina da Moita. Um curro de toiros bem apresentado dos dois ferros do ganadero espanhol José Luís Pereda, para um cartel de cavaleiros de diversificados estilos, não tendo o público acorrido em demasia às bilheteiras, registando a mais fraca afluência das quatro corridas, mas que resultou num muito bom espectáculo.

António Ribeiro Telles teve uma actuação pautada pelo temple imposto ao antagonista, áspero nas investidas, foi recebido com depurada brega, precedida de colocação de excelente ferragem.

Vítor Ribeiro voltou a pôr ao rubro as bancadas da “Daniel do Nascimento” com o seu toureio poderoso e de verdade. Cites de largo e frontais, ora deixando vir o antagonista, ora atacando, foi um compêndio de valentia, na consumação das sortes cravando de alto a baixo.

Sónia Matias esteve esforçada com um inimigo de escassa mobilidade, agarrado ao solo, tendo a jovem uma actuação decorosa, nada mais podendo acrescentar.

Gilberto Filipe andou solto, exuberante, numa lide alegre e movimentada, comunicando bem com as bancadas, colocou ferragem de nota alta.

Tomás Pinto rubricou uma excelente actuação, ao melhor toiro dos quantos saídos à liça Moiteira. Após a colocação dos dois compridos da ordem, levou a cabo nos curtos, uma lide em crescendo, em que privilegiou o toureiro frontal, com belos remates ao estribo.

Jacobo Botero esteve valente e decidido. Após uma angustiosa e aparatosa colhida em que a montada consentiu em demasia, recompôs-se, e prosseguiu a lide, cravando ferragem emocionante.

Duríssimas foram as pegas executadas por ambos os Grupos de Forcados. Por Santarém João de Brito, João Torres Vaz Freire e Ruben Gionetto a dobrar António Imaginário, foram caras. Por Alcochete fizeram-no Fernando Quintela, Nuno Santana e Pedro Viegas.

E assim foi o culminar da Feira Taurina mais importante em terra Lusas.