quinta-feira, 17 de outubro de 2013

   
CORRIDA DE ENCERRAMENTO

2013 NO CARTAXO

   FRANCISCO  NÚNCIO
   Por ocasião da Tradicional Feira dos Santos, pelas 16 horas do próximo dia 3 de Novembro, realizar-se-á na Praça de Toiros do Cartaxo, a corrida que encerrará oficialmente a temporada 2013. Serão lidados seis toiros de David Ribeiro Telles, pelos cavaleiros Francisco Núncio, Marco José, Paulo Jorge dos Santos, Marcelo Mendes, Joana Andrade e o praticante Carlos Alberto “Parreirita Cigano”. Pegarão os Grupos de Forcados Amadores do Ribatejo, Amadores da Azambuja e Amadores de Arronches.

JOAQUIM JOSÉ CORREIA
UM CAVALEIRO MÁRTIR
QUE DEIXOU SAUDADE



   MORREU EM HOLOCAUSTO À FESTA. Cumpriram-se ontem dia 16 de Outubro, 47 anos sobre a fatídica tarde de 16 de Outubro de 1966, que na arena da Praça de Toiros do Campo Pequeno, tombava o então cavaleiro Joaquim José Correia, precisamente no dia em que cumpria o 21º aniversário natalício. Actuava no Festival, que anualmente o grande aficionado de então João de Castro, organizava a favor do Orfanato Escola de Santa Isabel, e que se tornara já famoso, pelo excelente cartaz, que ano após ano, confeccionava. Foi o último. Joaquim José Correia, nascera em Évora, mas desde cedo se mudara com a família para a Cova da Piedade, onde o seu progenitor, Jacinto Correia, fora destacado como funcionário de uma instituição bancária.
   Joaquim José Correia, que recebera a alternativa na tarde de 18 de Abril de 1965, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, apadrinhado pelo cavaleiro Leiriense D. José d´Atayde, num cartaz completado pelo matador Armando Soares, o novilheiro Manuel Alvarez “El Bala”, os forcados Profissionais de Lisboa capitaneados por Manuel Gonçalves, sendo lidados 8 toiros de Herdeiros de D. Diogo Passanha, instalando-se a partir de aí, em Sintra, na Quinta da Maquia, que adquirira entretanto.
   Joaquim José Correia foi morto pelo toiro “Carvoeiro” de José Samuel Lupi, com quem alternava nessa tarde. Mantenho viva na minha memória, o momento trágico, em que o cavalo “Tirol”, arrastou na queda e rolou sobre o cavaleiro. Gerou-se o pânico, tendo inclusive sido anunciado aos microfones da praça, o seu desenlace, pelo que não prosseguiria o espectáculo. Momentos mais tarde, foi anunciado o contrário e prosseguiu até final. Após a sua morte, por ironia do destino, o “Tirol” foi parar ás mãos do seu grande rival, de quem se encontrava de relações cortadas, José Mestre Batista, vindo o equideo a morrer no Picadeiro de Oeiras, nas fortes cheias de Novembro de 1967.

NUMA PAREDE DA MINHA TERTÚLIA, UM POSTER DE JOAQUIM JOSÉ CORREIA


Aqui vos apresento o programa da fatídica tarde, da minha vastíssima colecção de cartazes e programas, bem como o cartaz do cavaleiro, que tenho há muito colocado numa das paredes da minha Tertúlia.
Igualmente ilustre esta peça, com uma foto em que estou jantando com Florêncio Canas, taurino da Malveira que foi apoderado de parceria com Damião Ferreira, de Joaquim José Correia e membro da sua quadrilha e o Dr. Augusto Pinto Queirós que foi Consultor Jurídico do Sindicato dos Toureiros, e colega de meu pai, na advocacia.


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